O gueto de Varsóvia continua sendo um dos exemplos mais sombrios dos esforços cruéis da Alemanha nazista para conter as populações judaicas da Europa, e depois eliminá-las completamente. Situada nas duas margens do rio Vístula, a capital polaca tinha uma população de 1,3 milhões e era um centro da cultura judaica antes do Holocausto. Foi a maior comunidade judaica não só na Polônia - mas no continente europeu como um todo.

A situação por lá, como já é de se pensar, era completamente precária. Além da falta de moradia, havia problemas com doenças e falta de assistência médica, e ainda uma grave falta de comida, sendo essa uma das principais preocupações dos moradores do gueto de Varsóvia.

Pelo menos 7.000 judeus morreram nas batalhas pelo gueto, seja pela força ou pela fome. Outros 7.000 foram enviados diretamente para o campo de extermínio de Treblinka. Apenas uma pequena quantidade de judeus permaneceu escondida nas ruínas.

"A fome no gueto era tão grande, que as pessoas estavam deitadas nas ruas e morrendo, crianças pequenas implorando por comida", recordou o sobrevivente Abraham Lewent.

No início do Holocausto, o gueto de Varsóvia abrigava cerca de 350.000 judeus. Depois, apenas 11.000.